Internacional

Após veto no Conselho de Segurança, palestinos vão para a Assembleia Geral da ONU

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Após o veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança a uma resolução que pedia um cessar-fogo em Gaza, a Assembleia Geral espera aumentar a pressão sobre Israel, nesta quinta-feira (12), para que respeite "plenamente" o direito internacional em uma nova resolução patrocinada pela Espanha.

O projeto de resolução que a Assembleia Geral - fórum que reúne todos os países-membros da ONU - planeja votar na tarde desta quinta-feira "exige um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente" em Gaza e a libertação dos reféns em poder do movimento palestino Hamas, tal como pedia o texto vetado na semana ada pelos Estados Unidos.

Mas o texto atual, que, se aprovado por um fórum tradicionalmente favorável à causa palestina não tem caráter vinculativo, desafia em muitos aspectos Israel.

Como potência ocupante, o projeto pede que o fim imediato do bloqueio da Faixa de Gaza, que abra todas as agens fronteiriças "e permita a distribuição de ajuda humanitária em quantidades suficientes" em todo o território palestino, devastado após 20 meses de guerra.

Além disso, "condena energeticamente todo uso da fome contra a população civil como método de guerra e a negação ilegal de o à ajuda humanitária".

Após mais de dois meses impedindo a entrada de qualquer ajuda humanitária, Israel permitiu no final de maio a abertura de centros de distribuição geridos pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF), em torno dos quais dezenas de pessoas morreram em ataques armados israelenses, segundo a Defesa Civil de Gaza.

A ONU, que denuncia a obstrução de suas próprias operações humanitárias, se recusa a trabalhar com esta organização de financiamento opaco devido a dúvidas sobre seus procedimentos e neutralidade.

O projeto de resolução pede aos seus Estados-membros que "adotem individual e coletivamente todas as medidas necessárias" para "garantir que Israel cumpra suas obrigações" em virtude do direito internacional, embora não utilize o termo "sanções".

- "Não percam tempo" -

Esta petição ecoa a do embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, que, diante da falta de ação do Conselho de Segurança, fez um apelo a todas as capitais para que tomem "medidas imediatas e reais" para "obrigar Israel a parar sua marcha insana" em Gaza.

A poucos dias de uma conferência internacional da ONU sobre a questão palestina, o texto também reitera o "compromisso inabalável" da Assembleia com uma solução de dois Estados, em que palestinos e israelenses convivam em condições de segurança.

Foi uma resolução da Assembleia de 1947 que dividiu a Palestina, então sob mandato britânico, em dois Estados independentes, um judeu e outro árabe.

Ao longo das décadas, o organismo da ONU tem expressado seu firme apoio aos palestinos diante da ocupação israelense.

Israel, por sua vez, já advertiu que a votação da Assembleia não mudará nada.

"Não percam tempo", disse na semana ada o embaixador israelense na ONU, Danny Danon. 

"Nenhuma resolução, nenhuma votação (...) será obstáculo" para o retorno dos reféns capturados no letal ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, acrescentou. 

O Exército israelense intensificou em meados de maio sua ofensiva na Faixa de Gaza, com o objetivo de libertar os últimos reféns, assumir o controle do território palestino e destruir o Hamas, que assumiu o controle da Faixa em 2007.

abd/af/dg/rm/aa

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