Governo Lula libera R$ 50 milhões para enfrentar doenças respiratórias
Nova portaria destina R$ 50 milhões ao atendimento de adultos com SRAG; Ministério reforça importância da vacinação
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Siga noCom a escalada das hospitalizações de adultos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o Ministério da Saúde liberou, nesta sexta-feira (13/6), um novo ree de R$ 50 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS) para fortalecer o atendimento a esse público. O recurso soma-se a outros R$ 100 milhões já destinados, em maio, ao cuidado de crianças internadas com infecções respiratórias, totalizando R$ 150 milhões em incentivos emergenciais em 2025.
A nova portaria foi publicada no Diário Oficial da União e amplia a rede de atendimento diante do aumento da demanda nos hospitais públicos. O foco do novo aporte é garantir e aos leitos clínicos e de terapia intensiva ocupados por adultos que enfrentam complicações respiratórias severas, como as causadas pelos vírus influenza e sincicial respiratório (VSR).
Estados e municípios que decretaram emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de SRAG poderão solicitar ao Ministério da Saúde o novo ree emergencial. Para isso, é necessário apresentar um plano de ação minucioso, com informações sobre o cenário sanitário local, a infraestrutura hospitalar disponível, o número de leitos a serem expandidos ou convertidos e os atuais índices de ocupação.
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Os recursos serão reados em três parcelas mensais, diretamente do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para os fundos estaduais e municipais. O valor deverá ser aplicado exclusivamente em despesas de custeio, como a manutenção dos leitos hospitalares e a contratação de equipes para reforçar o atendimento especializado.
Recursos já aplicados
O reforço financeiro ao atendimento pediátrico, realizado no mês ado, já contemplou estados que enfrentam pressão sobre os leitos infantis. Minas Gerais liderou o ree, com R$ 14,26 milhões para manutenção de 88 leitos, o equivalente a 32% da rede pediátrica estadual no SUS.
No estado, de janeiro a maio, foram registrados mais de 100 mil atendimentos por infecções respiratórias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da rede estadual. Até o momento, Minas contabiliza 948 mortes associadas a doenças respiratórias em 2025, sendo que 15,7% ocorreram entre adultos de 30 a 59 anos, conforme dados do de Síndromes Respiratórias da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
O agravamento do cenário levou 28 municípios mineiros a decretarem estado de emergência em saúde pública. O mais recente foi Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que acionou o recurso na terça-feira ada (3/6). Ainda em maio, o Governo de Minas anunciou a antecipação de R$ 8 milhões em rees estaduais destinados às cidades que decretaram situação de emergência.
Vacinação ainda avança devagar
Apesar da campanha de vacinação contra a gripe ter começado em abril, a cobertura vacinal entre os grupos prioritários ainda está aquém do esperado. Até 12 de junho, conforme dados do Ministério da Saúde, foram aplicadas 36,4 milhões de doses em todo o país, o que representa uma cobertura de 38,43% entre gestantes, crianças e idosos, bem abaixo da meta de 90% estipulada pela pasta.
“A vacinação é a melhor forma de evitar hospitalizações neste período de maior circulação de vírus respiratórios”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em comunicado da pasta. Ele reforçou que estados e municípios devem intensificar as ações de imunização, sobretudo entre crianças, idosos e gestantes.
Ao todo, o governo federal distribuiu mais de 65 milhões de doses da vacina da gripe para todas as regiões, com exceção da região Norte, onde a campanha é realizada no segundo semestre devido à sazonalidade diferenciada dos vírus respiratórios.
Uma das estratégias reforçadas pela pasta é a vacinação das gestantes, já que recém-nascidos não podem ser imunizados diretamente. A proteção da mãe transfere anticorpos ao bebê ainda na gestação, reduzindo riscos de hospitalização e morte nos primeiros meses de vida.
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