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Bolsonaro nega ter editado minuta golpista: 'Não existiu isso aí'

Ex-presidente presta depoimento no Supremo Tribunal Federal na tarde desta terça-feira (10/06)

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Em depoimento prestado nesta terça-feira (10/6) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter redigido ou editado qualquer minuta de decreto para anular o resultado das eleições de 2022.

Questionado pelo ministro Alexandre de Moraes sobre o envolvimento com o ex-assessor especial da Presidência Felipe Martins na elaboração do documento, Bolsonaro negou. “Não existiu isso aí. Ele não tem competência para isso.”

 

"Não procede esse enxugamento. Eu conheço muito bem o Felipe. Não procede nada disso", afirmou. “Isso foi colocado em uma televisão e mostrado de forma rápida. A discussão sobre esse assunto foi feita em minutos. Existia uma ideia de estado de sítio. Primeiramente, precisaríamos ter um fato; depois, os conselhos da defesa, coisa que não foi feita", seguiu.

A minuta do golpe, como ficou conhecida, previa a decretação de estado de sítio, prisão de autoridades — entre elas, do próprio Moraes — e a criação de um conselho para refazer as eleições. O documento foi encontrado pela Polícia Federal (PF) na residência do então ministro da Justiça Anderson Torres, durante uma operação autorizada pelo STF.

Na véspera do depoimento de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, afirmou à Corte que Bolsonaro teve o ao documento, leu seu conteúdo e chegou a sugerir alterações.

Segundo Cid, o ex-chefe do Executivo pediu a retirada de trechos que mencionavam expressamente a prisão de ministros, embora Alexandre de Moraes ainda figurasse como alvo no texto final.

“Foram duas, no máximo três reuniões, em que esse documento foi apresentado ao presidente”, disse Cid. O militar detalhou que a minuta era dividida em duas partes: uma introdutória com argumentos sobre supostas interferências do STF e TSE, e uma segunda, com medidas jurídicas de exceção.

Durante seu depoimento nesta terça, Bolsonaro buscou minimizar sua retórica sobre o sistema eleitoral brasileiro.


“Se eu exagerei na retórica, devo ter exagerado com toda certeza”, afirmou. Disse ainda que a defesa do voto impresso sempre foi uma bandeira política e que a intenção era “evitar qualquer conflito, qualquer suspeição”.

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O depoimento de Bolsonaro ocorre no contexto da ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A Procuradoria-Geral da República aponta o ex-presidente como líder de uma organização criminosa que teria articulado medidas inconstitucionais com apoio de militares e ex-integrantes do governo.

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